Obstrução Nasal – Conheça as dúvidas frequentes

Dúvidas frequentes da obstrução nasal

A cavidade nasal é dividida em dois lados, em geral simétricos, por uma estrutura chamada septo nasal. Temos em cada cavidade nasal projeções de tecido com osso e mucosa esponjosa chamadas cornetos (regra geral, três de cada lado: inferior, médio e superior), os quais tem a função de umidificar e aquecer o ar que inalamos.

Em algumas pessoas o septo, que deveria ter uma forma próxima ao retilíneo, apresenta desvio de septo pronunciado, devido ao crescimento exagerado do mesmo, podendo ser necessária a correção cirúrgica, a chamada septoplastia.

Ou ainda, alguns pacientes, em especial os portadores de rinite, podem apresentar aumento importante dos cornetos (hipertrofia de cornetos), causando obstrução nasal (notadamente os cornetos inferiores e em menor grau os cornetos médios). Nesses casos uma cirurgia dos cornetos , chamada turbinectomia, pode ser indicada.

Muitas pessoas podem ter a presença de desvio de septo em pequeno grau e não sentir dificuldades para respirar. A cirurgia será indicada quando houver queixa do paciente, podendo ser procedimento cirúrgico único ou combinado a outros como a turbinectomia, para otimizar o resultado cirúrgico. Quando for necessário tratar alguma condição associada, como rinossinusite crônica ou defeitos estéticos nasais, outros procedimentos cirúrgicos, como sinusectomias/sinusotomias ou rinoplastias podem ser realizados no mesmo tempo cirúrgico.

Conheça as dúvidas mais frequentes sobre a obstrução nasal

“Sinto o nariz muito congestionado, tenho desvio de septo ou hipertrofia de cornetos?”

R: Não necessariamente. É preciso passar em um avaliação com seu otorrinolaringologista pois há outros fatores anatômicos, nasais ou não, que podem causar obstrução do nariz. As causas também variam com a idade. Por exemplo, em crianças uma causa frequente de obstrução nasal é a hipertrofia adenoideana (“carne esponjosa”), em muitos casos sendo indicado uma cirurgia para retirada da mesma (adenoidectomia).

“Quais os principais sintomas que o paciente com nariz congestionado se queixa?”

R: São vários sintomas e várias histórias contados pelos pacientes que sempre chamam a atenção do otorrinolaringologista para uma desordem da função nasal, podendo ser: voz anasalada; uma narina sempre mais congesta que a outra; respirar sempre pela boca/dificuldade em respirar com boca fechada dia e noite (“ou come ou respira”, “dorme com boca aberta”, por exemplo); dependência de descongestionantes tópicos (como NEOSORO, NARIDRIN , AFRIN – marcas registradas) ou outros à base de oximetazolina, xilometazolina, nafazolina e derivados (só respira/dorme com o “remedinho”), que comprovadamente fazem mal à saúde com o uso inadvertido; hiposmia, que é sentir menos o aroma das coisas, ou mesmo não sentir nenhum aroma (anosmia); dificuldades para respirar durante atividades físicas; e muitos outros. A aplicação de descongestionantes à base de cloreto de sódio não faz nenhum mal e deve ser aconselhada nesses pacientes.

“Quais exames tenho que fazer?”

R: Seu otorrinolaringologista irá indicar os exames necessários, em geral sendo necessárias uma nasofibrolaringoscopia, uma tomografia computadorizada de seios da face, e outros, a critério do seu médico.

“A recuperação é complicada?”

R: A velocidade com que cada paciente se recupera é variável, mas em geral nos primeiros dias o nariz pode estar congestionado e apresentar sangramentos discretos. Em meu caso, costumo pedir para que o paciente reserve um mínimo de 7 (sete) dias antes de retornar ao trabalho. Para atividades físicas ou esportivas intensas, esse período pode ser um pouco maior. Quanto ao tempo de internação, o habitual é que o paciente permaneça em hospital por 24 horas ou menos.

“Tenho o nariz torto por fora, tenho desvio de septo?”

R: Uma coisa não significa outra, embora essa associação entre a tortuosidade do nariz (laterorrinia) e desvio de septo costume estar presente. Caso seja desejo do paciente, a cirurgia estética de rinoplastia pode ser feita pelo otorrinolaringologista, podendo ainda ser combinada com procedimentos funcionais de septoplastia/turbinectomia para melhorar a respiração. Neste caso o procedimento combinado é chamado de Rinosseptoplastia com ou sem turbinectomia. A Rinosseptoplastia também pode ser realizada mesmo que o paciente não tenha obstrução nasal, pois do septo são retirados os moldes (enxertos) para a correção estética.

“Posso fazer a septoplastia hoje e fazer a rinoplastia no futuro?”

R: Isso não é recomendável, pois como citado acima, a cartilagem septal que será retirada durante a septoplastia irá fazer falta na rinoplastia no futuro, tornando a já tecnicamente desafiadora rinoplastia ainda mais difícil. Nestes casos, cartilagens de orelha e costelas podem ser necessárias, e mesmo assim não geral resultados tão bons quanto a cartilagem septal.

“Meu nariz congestiona à noite, então respiro pela boca. Isso causa roncos?”

R: Há participação da obstrução nasal nos quadros de roncos, no entanto, outros fatores podem estar envolvidos e a congestão nasal ser até mesmo apenas um fator coadjuvante na gênese do ronco. Outro quadro muito comumente associado aos roncos é a apneia obstrutiva do sono, caracterizada por pausas prolongadas na respiração do paciente durante o sono.

“Não quero ou não posso operar agora. Há algum tratamento medicamentoso?”

R: Na maioria dos casos, a história de obstrução nasal do paciente se confunde com a própria história de vida do paciente, como uma “indesejada” companheira de longos anos. Especialmente nos casos de obstrução nasal associado a rinite, os tratamento clínico tem boa eficácia, mas em casos de anatomia nasal ruim, a cirurgia acabará sendo necessária em algum momento e o tratamento clínico nesses casos apresenta melhora apenas parcial e temporária.

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